Confira o debate com o candidato João Dória

Em 17/09/2018, a FERMESP – Federação das Entidades Representativas dos Militares do Estado de São Paulo recebeu na sede da AOPM – Associação dos Oficiais da Polícia Militar o candidato ao Governo de São Paulo João Dória (PSDB), para ouvir e debater as suas propostas para a área de segurança pública e, em especial, para a Polícia Militar.

Em sua fala inicial, destacou os seguintes pontos de seu programa de governo:

  1. Expansão dos Batalhões de Ações Especiais (BAEP) da PM para vários pontos do Estado, aumentando de 5 para 22 Batalhões, instalando-se junto a cada um deles um DEIC – Departamento Estadual de Investigações Criminais, da Polícia Civil, deixando claro que acredita na integração das polícias estaduais;
  2. Integração das Polícias Estaduais com as Guardas Municipais, criando Centros de Operações Integrados;
  3. Forte investimento em equipamentos (veículos blindados ou semi-blindados, coletes balísticos e armamento), tecnologia e inteligência policial;
  4. Valorização do policial militar, melhorando gradativamente seus salários;
  5. Utilização de drones no policiamento e monitoramento eletrônico por meio de câmeras nos Centros de Operações Integrados;
  6. Treinamento permanente dos policiais militares dentro e fora do país;
  7. Implantação de mais bases comunitárias de segurança na região metropolitana e urbana de São Paulo;
  8. Implantação de patrulhas rurais, para prevenir a invasão de propriedades;
  9. Nomeação de um policial de carreira para o cargo de Secretário da Segurança Pública, afastando a possibilidade de esse cargo vir a ser novamente ocupado por membros do Ministério Público;
  10. Implantação da teleconferência para audiência com réus presos, reduzindo deslocamentos e economizando efetivos;
  11. Defesa do trabalho por parte dos presos do sistema prisional, como forma de pagamento dos custos de sua permanência no sistema, citando como exemplo o que já é feito na cidade de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte/MG.

Após a explanação, respondeu ainda aos seguintes questionamentos do público presente:

  1. Sobre as limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal para conceder reajustes, respondeu que com boa gestão e responsabilidade, isso é possível de ser feito, sendo que dará prioridade à segurança e à educação;
  2. Sobre eventual mudança em relação ao sistema previdenciário dos policiais militares, respondeu que ainda não tinha uma definição sobre esse tema, mas que em sua gestão terá um olhar sensível a essa questão e não de distanciamento.
  3. Sobre de onde virá o próximo Secretário de Segurança Pública, da PM ou da PC, e se a escolha de integrante de uma Instituição Policial para o cargo poderia desagradar a outra, respondeu que estava sensível a essa questão, completando com a seguinte frase: “Aguarde e verá”;
  4. Sobre a sua política para o sistema de saúde da PM, respondeu que dependia de uma análise mais profunda, mas que poderia contar inclusive com o apoio de outros setores de saúde do Estado.
  5. Sobre o seu posicionamento quanto à realização do Termo Circunstanciado (TC) pela PM, respondeu que é um tema importante e polêmico, ainda sem definição, mas que com a integração das policias, como ele pretende, pode minimizar conflitos, sendo que após estudos sobre esse tópico, o mesmo poderá ter uma implantação gradual.
  6. Sobre a atividade delegada exercida pelos policiais em horários de folga, uma vez que muitos entendem ser ilegal por se tratar de atividade estranha à Corporação, respondeu que apoia a atividade e que pretende ampliá-la.
  7. Sobre a necessidade de ampliação do efetivo para implantação dos BAEPs, respondeu que pode por a ideia em pratica através do remanejamento de policiais que estão em funções administrativas ou dos próprios policiais que serão liberados com a implantação do sistema de Videoconferência no Sistema Prisional. Que pretende ainda abrir concursos para completar a defasagem de 11 mil homens no atual efetivo da Corporação.
  8. Sobre o fato de a PMESP ter um dos piores salários do país aliado ao fato de, recentemente ter havido a quebra da paridade salarial entre PM e PC, em desfavor da PM, respondeu que acha necessária uma recomposição salarial gradual e que esse é um compromisso dele, porque acha justo, ressaltando que esse tema está em seu programa de governo.

Ao final, perguntado ao candidato que São Paulo ele queria para o futuro, respondeu que queria um São Paulo melhor na saúde, na educação, com justiça social, geração de empregos e com um sistema policial avançado, a exemplo do que já é a PM no Estado.